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segunda-feira, 18 de outubro de 2010

A SERPENTE PÕE SEU OVO EM SÃO PAULO


"Pretendemos, nesta hora grave para a família brasileira, inscrever a sua defesa em nosso programa político”
Plínio Salgado, fundador da Ação Integralista Brasileira, movimento nascido nos anos 1930 e inspirado no fascismo italiano
 

Plínio Salgado (centro), pai do integralismo 
Um galinha verde pós-moderno?
 José Serra está envenenando a sociedade paulista. Sua aliança com os setores mais reacionários do espectro político brasileiro fizeram vir à tona o que existe de fascista no Estado mais rico do país: preconceito, xenofobia, racismo, ódio social e de classe. Como diz o Luís Nassif, precisamos novamente estudar a psicologia de massas do fascismo: "o clima que envolve algumas camadas da sociedade é o laboratório mais completo de como é possível inculcar ódio, superstição e intolerância em classes sociais das mais variadas no Brasil urbano - supostamente o lado mais moderno da sociedade". Um clima de "caça às bruxas" macartista, muito semelhante ao período anterior ao golpe de 1964, mas agora alimentado pela campanha demo-tucana e pela grande mídia, toma conta da classe média alta paulista. Nessa camada social, poucos ousam manifestar apoio ao governo Lula e à candidatura Dilma sem serem hostilizados, ridicularizados e condenados à execração pública. Eu mesmo tenho presenciado cenas desse tipo. Nas escolas, mesmo nas mais "modernas", crianças ouvem e acabam disseminando as calúnias sobre Dilma (a "terrorista" que teria matado e assaltado bancos, a "assassina de criancinhas", a lésbica não-assumida). Algumas das crianças, cujos pais votaram em Dilma, chegaram a sofrer "bullying".
Vejam esse link:
http://arnobiorocha.wordpress.com/2010/10/06/bulliyngeleitoral-quando-os-pais-ensinam-o-odio/

Manifestantes integralistas nos anos 1930
Já entre as camadas populares, pastores, padres e bispos espalham o terrorismo religioso acusando a canditada petista de defender o aborto, o casamento gay e a repressão às religiões. Dilma, por sua vez, dominada por marqueteiros, cai na armadilha e esforça-se por mostrar-se cada mais temente a deus e conservadora em termos morais, emburrecendo o debate.

É ou não é o "ovo da serpente"?

Como para comprovar simbolicamente essa escalada, descobriu-se quem está por trás dos panfletos mentirosos da CNBB contra Dilma apreendidos neste último fim de semana é na verdade um sujeito chamado Kelmon Luis da S. Souza, presidente de uma tal Associação Teotokos, ligada à Igreja Ortodoxa mas cujo site está registrado em nome da Casa Plínio Salgado. São nostálgicos do líder fascista tupiniquim, cujos seguidores foram apelidados de "galinhas verdes" por causa do ridículo uniforme verde com o sigma (em lugar da suástica), imitando os camisas pardas das S.A. nazistas e os "camisas negras" de Mussolini.
   
Agora, só falta o Serra e o Índio da Costa sairem gritando: ANAUÊ!, a saudação dos integralistas.

Ainda citando o Nassif: "os descobramentos são imprevisíveis e transcendem o processo eleitoral. A irresponsabilidade da mídia de massa e de um candidato de uma ambição sem limites conseguiu introjetar na sociedade brasileira uma intolerância que, em outros tempos, se resolvia com golpes de Estado. Agora, não, mas será um veneno violento que afetará o jogo político posterior, seja quem for o vencedor".

O que será que tucanos democratas e republicanos como Franco Montoro, Mário Covas, Fernando Gasparian e Ruth Cardoso pensariam disso tudo?

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